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Posts Tagged ‘arte pop’

Semana passada rolou o VII Fórum de Pesquisa na Cásper e eu, que deixei o labor de lado para aproveitar meu ócio para algo produtivo, fui lá sentir algumas mesas. Muitas ideias e reflexões vieram a partir delas. As reflexões vão aparecer pelo caminho, mas já deixo uma descrição do que consegui anotar das mesas no próximos quatro posts.

Estratégias de Marketing e Propaganda;

– Cultura de Rede;

– Comunicação: Inclusão e Exclusão Social;

– Relações sociais nos Ambientes Tecnológicos.

O intuito desses posts é descrever rapidamente o que rolou nas mesas e também não perder autores e idéias, por isso você poderá notar algumas linhas jogadas, que fazem algum sentido para o autor que vos escrever – sim, meio ditatorial e egoísta, mas me permiti fazer isso nessa empreitada. Afinal, um blog também serve como um diário pessoal.

A mesa “Estratégias de Marketing e Propangada” começou com a apresentação “As Marcas e a Transformação de Cidades em Consumidores: Estudo Exploratório da M&M’S World Store”, da Miriam Hespanhol, coordenadora de comunicação.

Ela mostrou aspectos curiosos sobre a M&M’S, como inserir o consumidor no composto mercadológico.

mms

A M&M’s conseguiu aumentar a relação com o consumidor americano com uma simples ação: permitir que as pessoas escolhessem a nova cor (azul) de suas pastilhas para compor seu mix. Além disso, pela internet você pode personalizar as pastilhas com suas fotos e entregar como lembrança.

Apareceram outras curiosidades como produtos sazonais – pastilhas verdes e vermelhas para o natal, roxas e pretas para o dia das bruxas. Uma coisa que me chamou bastante atenção foi um comentário de um consumidor que saía da loja da M&M’s carregando seu saquinho de açúcar emocionado com a experiência proporcionada pela loja: “acho injusto sair da loja sem comprar nada”.

De fato, a loja é um tremendo canal de contato para exprimir, ao vivo, o que a empresa deseja transmitir e a Miriam traduziu essa sensação de uma forma interessante, de acordo com a visão teórica que ela usou na pesquisa: “A experiência de compra é o máximo do narcisismo”.

Outros comentários:

Quatro teórico para entender: fenômeno da globalização, Kirk; Transformação do trabalho, Sennet; Globalização do mercado, Bauman, Castells, Milton Santos; Transformação do espaço e compras, Sarlo, Valquiria Padilha e Klein.

Depois foi a vez do Prof. Rodney Nascimento, com “Não Tem Preço – A Comunicação Alterando a Forma de Consumo?”.

O Rodney apresentou uma pesquisa em andamento sobre a análise da comunicação dos cartões de crédito. Mostrou que entre a década de 90 e 2000 estávamos em uma fase de aprendizado e praticidade atrelados ao status e ao poder. Agora parecemos ter saído dessa abordagem para focar o prazer e a satisfação.

Nessa análise, a razão e a emoção não são separadas, mas compõem um único sujeito, de acordo com a lógica Peirceana. Além disso, o consumo global traz à tona um sujeito com identidades partilhadas, de acordo com Stuart Hall no seu trabalho sobre a identidade cultural na pós-modernidade.

Na última pesquisa dessa mesa, o diretor de arte Rodrigo Antunes Morais falou sobre “Sedução e Consumo: A Criação Publicitária Subsidiada pelo Desing Gráfico Baseado nas Fontes de Arte Pop para a Motivação da Compra.”

Ele disse algo que nós, do Café do Vento Simun, vinhamos conversando e que é algo até preocupante: a propaganda mostra cada vez mais ao invés de comunicar. Isso preocupa, principalmente, se pensarmos no conceito de dialogia, em que o indivíduo aceita, nega ou negocia com o conteúdo ao qual foi exposto. O Rodrigo defende, com razão, que as pessoas precisam entrar na peça publicitária e dialogar com os elementos dela.

Para mudar isso, ele propõe usar o design (que é uma linguagem) e a arte pop, que já traz consigo uma pegada reformista. Segundo ele, a arte pop traz o consumo como forma de arte e traduz a cultura visual de um povo. Ela quer sexy e pop, e usa de grande ícones da cultura para isso.

Procurando essa imagem da Marilyn, feita pelo Andy Warhol, achei o site Web Exhibits, que permite fazer uma personalização da loira. Bem interessante.

A partir da citação do Andy Warhol, “no futuro, todos terão seus quinze minutos de fama”, fico pensando se essa frase não mudou para algo como “na internet, todos já têm seus quinze minutos de fama, mas de forma diluída – tanto em tempo quanto em exposição”, pois nela as coisas acontecem dessa forma, e não como na televisão, onde uma pessoa é vista uma vez por milhões de pessoas, talvez, uma única vez.

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